terça-feira, 30 de abril de 2019

(Slave To) Lust - The Mission





(Escravo Da) Luxúria

Primeiro eu vou te foder e então fazer amor bem feito
Baby, isso tem levado muito tempo
Eu vou conquistar todos os orifícios, grite aos céus
Onde todos os anjos foram?
Eu quero ter na minha boca, te levar lá no fundo
Levá-la para uma viagem, levá-la para um passeio
Eu alimentarei sua fome todos os dias, 

faça qualquer coisa que você gostaria que eu fizesse
Não é assim tão estranho como o encanto te afeta

E eu vou ser um escravo
Serei um servo da luxúria
Escravo da luxúria
Serei um escravo da luxúria
Escravo da luxúria

Eu só quero deixar este mundo por um instante
Eu quero sentir como o Deus que você quer que eu seja
Eu quero ascensão elevada, o amor rápido e exultação
Eu sei que você entende essa necessidade em mim
Estou cansado de masturbação, cansado brincar sozinho
Não quero ir para o inferno, não quero ficar cego
Tão certo como o rio que flui e desce para o mar
Te darei tudo o que tenho se você me enlouquecer

E eu vou ser um escravo
Serei um servo da luxúria
Escravo da luxúria
Serei um escravo da luxúria
Escravo da luxúria

Eu rosto pode ser um lugar bonito
Quando você está lá com quem você ama
E eu sempre soube e eu sei que você fez 
para que o muito nunca seja o bastante
Eu sou um escravo da luxúria
Escravo da luxúria

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Safeword: tábua de salvação

Publicado originalmente em 10/03/2019 no grupo BDSM Confidence (Facebook)

“Um masoquista está sendo submetido a uma sessão de spanking. Começa leve e vai aumentando a intensidade, troca-se de instrumentos várias vezes. Uma, duas, três horas... o braço do Dominador já está pesado e Ele sente dores no ombro a cada movimento; mas o masoquista não arrega. Depois de quatro horas um amigo daquele Dominador fala “faz tal coisa de tal jeito que vai funcionar”. O Dominador segue o conselho e na terceira pancada o masoquista pede a safe. E aquela cena se transformou numa queda de braço (quase literal kkkk) entre o Dominador e o masoquista.”

Com certeza quem frequenta a comunidade BDSM já presenciou esta cena algumas vezes, com diversas variações. É uma dinâmica que pode funcionar para algumas pessoas e eu respeito isso. Mas, certamente, não funciona pra mim.

Eu nunca parei uma cena; nunca pedi safeword. Por que sou a super masoca que aguenta tudo? Por que não quero ferir o orgulho do Dominador e suporto mais do que posso aguentar? Não... simplesmente porque nunca precisei. Porque todo Dominador a quem servi sabia quando devia parar uma cena.

A safeword não é para ser usada para parar uma cena quando o submisso chega ao seu limite. Principalmente porque nem sempre isso acontece. Um submisso em subspace, por exemplo, deixa de responder a estímulos e não sente mais dor. Ele não pedirá a safeword nunca.

Uma sessão ou cena demanda comunicação constante: oral ou gestual. A safeword não deveria ser a tábua de salvação para a paralisação de uma cena. Ela é a ferramenta para o submisso informar ao Dominador quando algo está errado, uma emergência, qualquer coisa fora do alcance do campo de observação daquele Dominador.

Gosto muito do conceito de safeword parciais, por exemplo amarelo, tem uma coisinha errada aqui mas dá pra corrigir; vermelho, tem uma coisa muito errada aqui, melhor parar e partir pra outra coisa.

Nas minhas relações – e, nestes casos, gosto de frisar bem que é uma opinião pessoal – se um Dominador apenas parar uma cena após eu já estiver desfalecendo, certamente vai ser a última vez que ele encostará a mão em mim. Um Dominador sabe que é necessário breves períodos de pausa, na qual ele pára uma prática e inicia outra, podendo voltar a anterior ou não, como ele quiser. Ele está sempre atento à forma como o submisso responde aos seus estímulos.

Eu acho que existe uma falta de compreensão muito grande quanto ao uso da safeword.
Tem Dominadores que, quando o bottom fala a safe, simplesmente encerra a sessão - se vista e vamos embora! – quando, na verdade, o bottom só estava comunicando que algo estava errado naquela prática específica.

Tem bottom que acha que a safeword é o objeto de poder máximo, o cetro que a torna soberana na relação - eu paro quando eu quero. Cuidado, garota... com grandes poderes vem grandes responsabilidades... rs.

Mestre Gregório me disse uma vez que não adianta você ter a safeword e não poder usar. Às vezes, é melhor você não ter a safe e o Dominador parar a cena no momento certo, do que você ter uma safe e o Dominador não parar a cena quando você usá-la, sob o pretexto de que apenas ele sabe quando deve parar.

Eu ousaria complementar dizendo que sempre se deve ter uma safeword, mas que não seja necessário utilizá-la, pois o bottom pode confiar que o Dominador a quem entrega o seu corpo vai zelar por ele.

Meus respeitos.
lilica de Mestre Gregório.

terça-feira, 23 de abril de 2019

BDSM para iniciantes - Blog Mulheres Bem Resolvidas


Vocês conhecem o blog Mulheres Bem Resolvidas?

Cátia Damasceno abre um espaço para as mulheres debaterem abertamente sobre Sexualidade e outros temas do universo feminino.




Neste vídeo, ela apresenta de forma clara e bem divertida o BDSM, dirigido para o público aberto que deseja conhecer nosso mundinho escuro.

Vale a pena compartilhar com aquela sua amiga baunilha para quem você não consegue explicar o que nós fazemos aqui. rsrs.

Acompanhem também o artigo no blog:
BDSM: tudo sobre bondage, dominação/submissão e sadomasoquismo!

Já sei qual será minha próxima safeword: Goooool da Alemanha 😂

Não entendeu? 😏 Assista o vídeo.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Livro - Identidade Roubada – Chevy Stevens

Hoje vou fazer uma indicação de leitura.

Este não é um livro sobre BDSM. Não fala sobre SSC, liturgia, práticas.

Mas ele me deu elementos para compreender sobre Dominação Psicológica, relação TPE 24/7 e escravidão consensual. E isto é irônico pois não fala sobre nenhum destes temas neste livro.

Identidade Roubada não fala sobre consensualidade; ele narra a estória do sequestro de uma mulher pelas mãos de um psicopata.

Annie Sullivan é mantida em cativeiro por um ano. Durante o período em que ficou presa, ela foi submetida a duras regras impostas (de forma violenta) pelo seu algoz. Ele controlava todas as atividades, como ela se vestia, o que comia e bebia (incluso horário e quantidade), horários de ir ao banheiro. Um controle total 24 horas por dia, sete dias por semana.

Contudo, o livro começa já pelo final da estória, com a própria Annie narrando sua experiência numa sessão de terapia. Sabemos que ela sobreviveu ao sequestro e está bem. Mas será que está mesmo?

Cada capítulo é uma visita de Annie ao consultório de sua terapeuta, onde revive passo a passo, de maneira crua, todas as experiências vividas e a sua luta para superar os traumas e tentar voltar à vida normal, mesmo sabendo que nunca mais conseguirá ser a mesma pessoa de antes. Aqui acompanhamos a desconstrução de uma submissão forçada e as consequências destrutivas de uma dominação psicológica aplicada pro mal. O que nos abre os olhos aos possíveis psicopatas que podemos encontrar transvestidos de Dominador. Lembrando sempre que BDSM se trata, exclusivamente, de Consensualidade.

Confesso que este me livro me machucou. Tive uma empatia profunda com a personagem e senti todas as dores que ela sentiu; chorei copiosamente todas as lágrimas que ela chorou; festejei com ela quando conseguiu ir ao banheiro fora do horário pela primeira vez e quando voltou a dormir em sua cama. Cada pequena vitória rumo ao "normal life".

Não pensem que sou contra as práticas voltadas para o controle psicológico. Já disse mais de uma vez que sou profundamente psicológica e sou uma escrava TPE numa relação PPE. Mas Identidade Roubada ilustra, de um ponto de vista extremo, que tudo tem um lado bom e um lado mal, e que, quando o lado mal se impõe, as consequências podem ser desastrosas.

Recomendo veemente a leitura. É um livro relativamente barato para se comprar na forma física e facilmente encontrado para baixar em pdf.

Meus respeitos.
lilica de Mestre Gregório



terça-feira, 16 de abril de 2019

Pleasure Slave - Manowar



Escrava do Prazer

Estou esperando para minha mão
Mas ela esperará minha ordem
Minhas correntes e coleiras a deixou de joelhos
Ela agora é livre para dar prazer
Mulher seja minha escrava
Essa é uma razão para viver
Mulher seja minha escrava
E o maior presente que eu posso dar
Mulher seja minha escrava
Antes de se entregar ela não tinha vida
Agora ela é uma escrava, não uma esposa
Sua única magoa é com mulheres que vivem com mentiras
Ela está tirando seu disfarce
Mulher seja minha escrava
Acorrentada a minha cama
Mulher seja minha escrava
Implore para ser alimentada
Seu corpo pertence a mim
Mulher venha cá
Tire suas roupas
Ajoelhe-se diante de mim
Me satisfaça
Mulher seja minha escrava
Acorrentada a minha cama
Mulher seja minha escrava
Implore para ser alimentada
Eu quero você agora
Mulher seja minha escrava

sexta-feira, 12 de abril de 2019

BDSM x Mundo baunilha: Os mesmos preconceitos


Esta semana participei de um debate onde se perguntava como se identificar um Top ou bottom galinha, se uma submissa sem Dono podia ficar vagando pelos pvs dos Tops e como os Tops viam a ação das “submetralhadoras”.

A questão, embora carregada de estereótipos baunilhas, certamente não é impertinente ou absurda, ainda mais originada de uma iniciante que está tentando se descobrir e entender o nosso mundinho escuro.

Mas as respostas, vindas de praticantes reais e experientes, estas sim me incomodaram bastante. E me fizeram ver o quanto é importante alertar os iniciantes de que há sim muito preconceito na comunidade.

Existem muitas pessoas perdidas por aqui em busca de algo que não é BDSM. E estas pessoas, não sendo BDSMers, logo são desmascaradas; não são bottoms e não são Tops. Não entendem de liturgia e desconhecem as práticas. Não estudam e só querem passar o tempo, se distrair e se divertir (na maioria das vezes virtualmente). Quer se divertir com elas? Ótimo. Não quer, bloqueia e ignora. É chato? Sim... mas não impossível de se fazer.

Porém, em nossa comunidade, o que mais temos são submissas experientes que não entenderam que seus Donos não pertencem a elas e sim elas que pertencem a Eles. E estas submissas são as maiores propagadoras de ofensas e fofocas a respeito das meninas que procuram seus amados Donos nos pvs. Subpiriguete, subpiranha, submetralhadora... e vários outros nomes pejorativos para denegrir a imagem de uma garota que simplesmente, sendo livre, tem a liberdade de conversar com o Dominador que quiser.

E são também os Dominadores experientes que falam mal das meninas que conversam ou, até mesmo, fazem sessões avulsas com vários Dominadores. Dizem a elas o quanto podem ficar mal faladas, com baixa reputação e que nenhum Dominador sério irá querê-las. Eu, pessoalmente, já ouvi isso mais de uma vez e sei o quanto fere e quase me fez desistir. Tenho conhecidas na comunidade que passaram pela mesma situação.

Quando conheci o Mestre Gregório, eu falei pra Ele que fazia avulsas porque nenhum Dominador queria ter D/s com uma submissa como eu. Mestre perguntou o que poderia haver de tão ruim em mim para ser rechaçada. Para vocês verem o quanto conseguiram incutir em mim que eu não poderia arranjar alguém por ser considerada uma puta. Mestre Gregório teve que fazer um trabalho de desconstrução e reconstrução para que eu pudesse melhorar a minha autoestima. E isto não foi no meu início; estou falando de algo que ocorreu a menos de dois anos. E se aconteceu comigo, já experiente e esclarecida, imagina o que não ocorre na cabeça de uma iniciante?

Não vamos fazer isso com as nossas iniciantes!

Hoje amadurecida, segura e consciente do que quero e gosto, entendi que existem três coisas que prezo muito no BDSM: Liberdade, Lealdade e Respeito.

A primeira diz a razão pela qual eu estou no BDSM, sendo esta a liberdade que eu tenho aqui de vivenciar coisas que eu não posso viver no mundo baunilha por conta do julgamento social. Ou seja, se for para ser taxada de puta, galinha, ou qualquer outro nome pejorativo que se dê ao comportamento libertino de uma mulher, eu não preciso estar no BDSM.

A segunda defino como sendo a minha atitude para com a pessoa com a qual eu me relaciono e para com os meus princípios. Uma submissa, tendo uma relação fixa com alguém (com coleira ou não), não vai ficar flertando com outros Dominadores. Do mesmo modo, um Dominador não vai ficar tentando seduzir a posse alheia, porque não vai estar sendo leal para com o outro Dominador, nem leal para com os protocolos BDSM.

Por fim, eu falo do respeito. Por que uma submissa livre pode conversar com quantos Dominadores ela quiser sem ser julgada, desde que não chegue tentando desestruturar uma relação em andamento, com intuito de causar discórdia, dividir ou tomar o lugar de quem já está (sim, acontece). Da mesma maneira, um Dominador pode conversar com quantas submissas ele quiser, (porque, sim, ele pode ter quantas submissas ele quiser), desde que mantenha a postura esperada de um Dominador.

Portanto temos o dever de rever os nossos pensamentos e expurgar da comunidade BDSM essa hipocrisia que se instaura de menosprezar a sexualidade da mulher que já é tão reprimida no mundo baunilha. Usar termos pejorativos como galinha, piranha, piriguete, metralhadora, só mostra o quanto trazemos ainda de preconceitos baunilhas ao BDSM, e eu sinto muitíssimo por isso.

Meus respeitos.
lilica de Mestre Gregório

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Escarificação e Marcas de Propriedade

Publicado originalmente em 09/03/2019 no grupo BDSM Confidence (Facebook)

Escarificar significa arranhar ou fazer cortes leves numa superfície. No body modification se machuca a pele com intenção de criar um desenho. Existem várias técnicas de escarificação sendo as mais conhecidas o “cutting” e o “branding”.
Cutting significa cortar; Branding significa marcar à fogo (queimadura). Não vou entrar no mérito de ensinar a manufatura das práticas pois existem pessoas muito mais qualificadas do que eu para esse intento; minha intenção é apenas de apresentação.

Os BDSMers utilizam das práticas de cutting e branding com a intenção de causar dor física, humilhação ou para marcar as suas posses, seja superficialmente, seja definitivamente.

Na literatura goreana, fala-se da marca de escrava (ou kajira); um símbolo que representa que aquela não é mais uma mulher livre e, sim, uma kajira.
Existem vários desenhos, que simbolizam as muitas regiões de Gor, sendo o kef o mais conhecido, mas todos eles tem apenas como intuito identificar aquela peça como uma escrava, não exatamente como uma posse. O que identifica a kajira como posse é o seu colar (ou coleira).

Mestre Gregório ama marcar o corpo de sua peça como Seu. Com este intento, já utilizou de duas técnicas: um branding com elástico de dinheiro e cutting com faca.

Na primeira Ele usou um elástico (daqueles de prender dinheiro), segurando-o entre os dedos (fazendo um estilingue) e puxando sobre a pele em ângulos retos a fim de fazer o formato do desenho que desejava; a quantidade de estilingadas na pele dependerá muito da resistência, elasticidade da pele e da região aplicada. Em mim, com meu couro de rinoceronte, umas cinco estilingadas para fazer uma boa marca no bumbum kkkk. Sim, dói.


Na segunda, Mestre utilizou uma faca (que eu mesma dei de presente mas não com essa intenção kkkk), passando a fazer riscos superficiais, praticamente escrevendo sobre a pele. Também dói mas eu achei que doeu menos que o elástico. Mais uma vez, a marca variará dependendo da profundidade do corte e do tipo da pele.



Desnecessário lembrar que escarificação é uma prática invasiva portanto, requer cuidados especiais tanto na realização quanto nos cuidados pós. Higienização e assepsia são fundamentais. Não costumo usar pomadas, exceto se houver algum machucado que precisa de cuidados excepcionais; nesse intuito, Nebacetin ajuda muito. De resto, apenas água e sabão dão conta do recado.

Pessoalmente, tenho as minhas reservas quanto a marcas de propriedade definitivas. Ninguém espera que uma relação termine mas sabemos que a maioria termina, não importa a razão. E, sinceramente, se eu fosse um Top não iria querer uma posse com as iniciais ou brasão de outro Top em seu corpo. As marcas feitas por Mestre Gregório no branding sumiram por volta de um mês. Com o cutting talvez dure um pouco mais; estou monitorando.

O ideal seria uma marca que representasse a relação mas não com as iniciais em si.

Eu desejo uma marca de escrava; pode ser até aquele código de barras do site de registro de escravos. Porém marca definitiva de propriedade é algo a ser pensado com muito carinho.

Meus respeitos.
lilica de Mestre Gregório

terça-feira, 2 de abril de 2019

Sexualidade Alternativa - Reflexões Clínicas


Série sobre Sexualidade Alternativa com o Dr. Maurício Amaral de Almeida.

Conheça o canal Reflexões Clínicas.



1/5: A sexualidade está na sua mente
2/5: Quando a quantidade do desejo varia
3/5: Quando se quer apimentar a relação
4/5: Quando a sexualidade vai além do sexo
5/5: Muito alem dos 50 tons de cinza.

Publicado em 30 de nov de 2017
A sexualidade humana depende do significado que atribuímos a ela.

Existem formas convencionais de sexualidade e todos sabem mais ou menos o que é convencional na sua própria cultura. Tudo o que não é convencional pode ser entendido como sexualidade alternativa.

Nesta série de vídeos nós discutimos as principais formas de sexualidade alternativa não patológicas que aparecem na clínica.

Dez anos e o blog voltou!!!

  Em 2008, quando eu ainda servia ao Senhor FA e me chamava Emanuelle, criei o blog Diário de Emanuelle com a intenção de traduzir em pal...