sexta-feira, 3 de maio de 2019

Entrevista no grupo BDSM Confidence

Entrevista no grupo de facebook BDSM Confidence em 09/03/2019
 
É impossível não ficar perplexo com o seu estilo de vida inspirado no História d`O. Não vejo uma entrega PPE e sim TEP da sua parte, mas entendi suas colocações, pois o niilismo que conseguiu atingir tomou proporções muito além do possível e aceitável para mim como submisso, já que sua entrega é mental não consigo ver um PPE. Questões tenho muitas e infelizmente não consigo perguntar pouco, por isso vou numerar, se não se importa.
"Em relação ao formato de nossa relação: minha entrega, dentro dos meus conceitos, está nos moldes da TPE. Mas eu não formo conceitos, nem tampouco altero os pré-existentes a meu belprazer. Portanto, dentro do conceito pré-existente, com as liberdades que tenho de agir em determinadas situações, o tempo dedicado pelo Mestre, a relação se encaixa mais no PPE do que no TPE. As particularidades da vida do Mestre não o permitem manter uma relação de controle total."
 
1) Relação a privacidade: a) Você tem filhos? a sua família sabe que é submissa? A família do mestre conhece a vida paralela dele? Alguns amigos baunilhas sabem? Como vc explica as marcas do spank na comunidade baunilha (Faculdade e emprego)?
"Não tenho filhos (mas tenho cães que dão tanto trabalho tanto... rs). Minha irmã sabe que sou uma escrava e alguns amigos íntimos. Ao resto não creio que importa saber de detalhes da minha intimidade. Não espalho por aí que sou sadomasoquista, embora use coleira o tempo todo; contudo hoje elas estão na moda. Não saio exibindo marcas em público; Mestre costuma fazê-las em lugares que uma roupa comum cubram, mas pode escapar uma marca no ombro ou nos braços. O importante é fingir que elas não estão lá... kkkkk.
Quanto a vida baunilha do Mestre, essa compete apenas a Ele e não me envolvo.

2) Relação ao intermédio: a) vc teve um início com quem? Teve tutor? b) O casamento foi um grande empecilho para seguir sua inclinação masoquista? C) Porque esse período sem praticar? O que motivou de repente uma entrega a esse nível?
"Tive um Dono logo no início que, na verdade, foi mais um mentor do que Dono. Ele inibiu o meu furor de sair praticando sem nada saber mas me deu toda a base BDSM que tenho hoje. Meu niilismo advém dele, não do Mestre. O que Mestre fez foi resgatar esse sentimento perdido em meio à muitas relações superficiais.
Meu marido me empurrou pro BDSM quando me fez sair da faculdade kkkk. Cabeça vazia, internet, amantes e já viu. A medida que fui obtendo conhecimento e tendo curiosidade em aumentar a intensidade, meu casamento só foi ruindo. Até que meu marido descobriu. Detalhes à parte, me afastei por seis anos. Após me separar voltei ao BDSM dois meses depois. E aqui estou eu. Voltei com a intenção de me envolver apenas com sádicos; queria esse troço psicológico não. Aí conheci Mestre Gregório e tudo mudou: o antigo sentimento de submissão foi resgatado e vivencio o que sempre quis ter desde o começo."

3) Uma entrega a esse nível de objetificação e niilismo é algo raro, vc mesma colocou que precisa de muito empenho em se manter sua mente focada, mas é obvio que isso é paixão. A) Ele tem outras escravas/ b) vcs escravas tem contato entre si? C) como lidar com o ciúmes, gosta de sofrer com isso? Ele tem esposa e vcs se conhecem? Existe na sua vivência o que falaram aqui de Cuckquean? Voce se submente na frente de outras dele ou assiste ele com outras? Como fica seu psicológico?
"Costumo brincar que faço um ato de contrição diário para não esquecer de ser quem eu sou. Porque, quando nos submetemos, temos que fazê-lo de verdade. Não podemos nos contradizer.
Sim, Mestre tem mais uma submissa em treinamento, a Laika. Ela, inic
iante, veio me procurar para tirar dúvidas e eu a apresentei ao Mestre. Nós nos damos muito bem, vamos juntos aos eventos e, passeamos juntas também. Ciúmes é natural e eu sou muito ciumenta. Mas tenho ciúmes dela também. E tenho ciúmes das minhas cordas kkkk. Ou seja, tenho ciúmes de tudo o que me é caro. Ninguém é um robô a ponto de não ter sentimentos. O que vc faz com esse sentimento é que fará a diferença.
Além disso, Mestre também faz sessões avulsas. Já teve vez de eu descobrir que tinha outra submissa ao encontrá-la no saguão do hotel kkkk. Já servi a uma switcher sob ordens de outro Top. Já fui apenas peça acessória na sessão.
Amo ser escrava, ser humilhada e subjugada. Meu sofrimento me dá prazer. Se vc não sente prazer no seu sofrimento, seu lugar não é no BDSM. Masoquismo patológico é uma doença."

4) Como se descobriu masoquista: o Livro da História d´O foi o gatilho? Ou sempre foi submissa e ficou enrustido?
"Não sei quando me descobri masoquista. Sexualmente falando sempre gostei de ser subjugada. Meu primeiro relacionamento, analisando detalhadamente hoje, era abusivo e meu ex me humilhou de muitas maneiras, mas, na época, eu não via assim. Descobri o BDSM meio que no susto quando me envolvi com um policial que, na hora do sexo, prendeu minhas mãos e me deu um tapa no rosto que me fez gozar instantaneamente. Não me lembro exatamente do pulo que isso deu para o BDSM em si, mas quando vi, já estava pesquisando tudo rs. Masoquismo físico mesmo, como vivo hoje, veio nesta minha segunda fase pois, inicialmente, a coisa era mais psicológica."
 
5) Faz faculdade de que? Teve haver com sua relação em buscar novas respostas ou profissional? Tem muitos conflitos que ainda não se resolveram na sua cabeça? Fez terapia?
"Hoje faço bacharelado em Direito, pois é a área em que atuo profissionalmente, e isto facilitará algumas futuras promoções.
Não tenho conflitos, não procuro respostas. Para saber respostas vc precisa saber quais são as perguntas e eu não tenho perguntas, tenho apenas desejo de servir. Meu ex-marido me obrigou a procurar um psicólogo e um psiquiatra. Fui nos dois. O último queria me dar um inibidor sexual. O primeiro falou que eu não tinha nada... Mandei os dois praquele lugar e fui cuidar da minha vida sozinha. Continuei casada mas o relacionamento estava muito fragilizado para voltar a ser o que era. Hoje convivo com os meus filhotes, cuido das minhas coisas e das minhas obrigações com o Mestre. Prefiro gastar 300 reais com o meu cabelo do que ficar falando com um estranho kkkk."

 
6) Chegar ao niilismo na entrega e se considerar apenas uma posse é algo inimaginável para mim, pois eu tenho muito do baunilha, além do q sou switcher e portanto no seu caso creio que seu mestre teve muito talento para vc chegar a esse nível de entrega? Qual a fundamental importância dele nesse processo e como? Como vc lida com as emoções de nulidade? Sendo que está se formando academicamente e isso muda nossa visão de mundo inevitavelmente. Tem medo de mudar os paradigmas?
"Como eu respondi anteriormente, meu adestramento inicial foi totalmente voltado ao niilismo. No decorrer da minha caminhada no BDSM conheci muitos Dominadores com filosofias diferentes, o que me afastou um pouco desse sentimento e isso me fez falta. Mas é muito difícil encontrar um Dominador que aceite esse nível de entrega e saiba lidar com ele. Muitos confundem com carência. Eu só quero ser feliz aos pés do meu Dono.
A importância de Mestre Gregório em minha vida foi resgatar em mim esse desejo de abnegação; de servir sem esperar nada em troca e agradecer pelo que Ele me oferece. Sou o último item na lista de importâncias do Mestre. Trabalho, família, saúde, vem tudo na frente. Mas, ao mesmo tempo, sei a minha importância na vida Dele como Dominador. No quanto Ele respeita a minha entrega e do quando me fez e faz amadurecer. Sou muito grata em pertencer a Ele."

 
7) Nas suas praticas, anoxia erótica eu sei que dá prazer imediato, spank também pela liberação de endorfina, mas vc disse que o psicológico é mais forte. Quais as práticas que te levam ao orgasmo sem se tocar? Vc pratica a castidade voluntária? Tem necessidades ou são superadas? Vc é podólatra ou tem outro tipo de fetiche associado ao BDSM?
"Nunca me vi fetichista. Meu desejo é apenas em servir. Sou pet nos momentos em que tenho que ser pet e aprendi a ter prazer nisso. Não sou podólatra mas beijo os pés do Mestre, tiro os seus sapatos e meias com todo carinho e respeito. Gosto quando Ele apoia os Seus pés sobre mim. Mas não considero como podolatria pois a minha paixão não está nos pés do Mestre e sim em Sua presença.
Gozo apenas com a ordem do Mestre. Gozo apanhando, gozo principalmente nas torturas nos seios rs. Gozo ao saber que pertenço.
Quanto a castidade, Mestre me mantém em castidade desde que nos relacionamos. Acho que só não colocou um cinto porque achou caro comprar um e eu que não vou comprar kkkkk. Mas não posso me tocar sem ordem e só posso fazer sexo quando Ele percebe que estou a ponto de ter um colapso, e olhe lá."

 
8) Sobre medos. A) essa relação não garante nada, nem viver juntos para sempre. Isso te excita? Tem medo de perder para outra submissa? Existe uma hierarquia entre as escravas dele? Vc é a preferida? Como vc vê um Mestre tão poderoso poder te excluir?
"Tudo o que escrevo parece muito bonito, muito romântico, mas não é. Ser escrava dói. Ter consciência de que é apenas uma peça, dói. Apenas sirvo porque entrego nas mãos do Mestre o meu bem mais precioso, minha submissão. Se eu não me submeter a Ele não há razão para servir. E se Ele não quiser mais a minha submissão pode me dispensar.
A hierarquia dentro de Sua casa é apenas por ordem de chegada; sendo mais velha e mais experiente não posso cometer erros que são perdoáveis em uma iniciante e, quando erro, as punições são mais rigorosas. Mas não há hierarquia realmente; todas as submissas tem apenas um objetivo: Servir ao Mestre.
Não tenho medo de ser substituída por outra submissa. Cada peça é única e fornece o que o Mestre precisa dentro de suas limitações. E Mestre não vai se sujeitar a submissas mandonas. Ele já me disse que dispensou uma submissa que desejava muito por esta impor como condição a minha saída. Azar o dela: perdeu um excelente Mestre e uma boa irmã (porque eu sou boazinha, só um pouco sádica.. kkk). Eu continuo aqui
."
 
9) Sendo PPE ou TEP, a) vc usa sempre a safe-word? B) teve momentos em que a dor era tão insuportável e se manteve apenas para agradar o mestre? C) Sempre busca superar seus limites para o mestre ou para buscar seu prazer? D) vc se considera exibicionista? E) Essa relação seria a mesma se não tivesse plateia ou exposição das praticas no fetlife? F) qual a importância sua e não do mestre em se mostrar nas praticas?
"Tenho uma safeword que me foi apresentada na primeira sessão mas nunca precisei usar. Mestre percebe o meu corpo, as minhas reações. Já aconteceu de eu falar que algo não estava indo bem, mas não paramos a cena, apenas mudamos o que estava errado e a coisa segue. Se algo está fora do considerado normal eu aviso na hora. Mestre pára o que está fazendo e foca em outra coisa, mas nunca parar a sessão.
Busco a superação dos meus limites para minha evolução e para melhor satisfazer os desejos do Mestre, é claro... rs
Sou exibicionista mas Mestre é mais do que eu. Meu Fetlife é relativamente novo e eu pratiquei por muito tempo, ou seja, não preciso do exibicionismo para ser feliz. Mas gosto de exibir minhas marquinhas sim.
Mas me exibo como peça Dele pois, se não tivesse o Mestre, não teria as marcas ali."

 
10) Como é dividido seu tempo com o lado baunilha dele? Tem dias específicos para os encontros? Onde sempre ocorrem? Na sua casa? Nos encontros BDSM, enfim, como se programam?
Eu teria muito mais perguntas, mas são coisas que vem com o tempo e espero que outro a façam, vc com o título de faculdade vai seguir uma vida diferente e quais seus planos profissionais que não comprometa sua relação?
"Não tem programação. Estou aqui falando com vcs e o Mestre me manda uma mensagem mandando eu encontrá-lo em tal lugar, ou avisando que está chegando aqui em casa.
Ou no dia anterior fala que vai me usar no dia seguinte. Eu simplesmente vou. E cada
vez que vou encontrá-lo é como se fosse a primeira vez. Coração palpita e sinto borboletas no estômago.
Mestre não frequenta casas ou bares BDSM, também não vai a encontros. Por isso qual não foi a minha surpresa quando Ele foi ao meu aniversário no Dominatrix. Me senti a mais amada das submissas rs. Prova do respeito e do carinho que Ele tem pela minha entrega.
Quanto ao trabalho, sou funcionária pública estadual. Tenho metas de ingressar num quadro federal ou subir de cargo dentro do próprio Estado. Minha submissão independe disso. Talvez apenas eu tenha que trabalhar um pouco mais rs"

Um comentário:

pamillajacot disse...

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